"Me pusieron Manolito por el camión de mi padre y al camión le pusieron Manolito por mi padre, que se llama Manolo. A mi padre le pusieron Manolo por su padre, y así hasta el principio de los tiempos."
in Manolito Gafotas

É só um exemplo, mas sempre foi assim, e sempre será. Mal nascemos parece que já carregamos o "terrível" fardo de uma história de família, de um passado que não é nosso. Assim que nascemos, mal abrimos os olhos, já dizem que o nariz é da mãe, as orelhas são grandes como as do pai e a pele é morena como a da avó. É só um bebé, e ainda só se parece com um rato sem pêlo, mas já tem semelhanças com metade da família da mãe e metade da família do pai. Durante muitos anos somos os netos de alguém ou os filhos de alguém: "És o neto do Sr. Silva não és?" "És da família Miranda não és?" "A tua mãe é a Paulinha, não é?". Durante algum tempo até consegue ser engraçado, mas começamos a desenvolver uma personalidade e a adquirir uma identidade que é nossa, queremos ser um só, não a união de várias pessoas, o ponto de encontro de várias características. Não que seja mau, mas são muitos anos a ser comparados, e urge o anseio de sermos um EU.